A cocada, esse doce que nos dá um sentimento nativo, surge realçado nas obras de Jorge Amado. Sua receita, que combina coco ralado e calda de açúcar –e antigamente era seca ao sol– nutre livros como “Capitães de Areia”, “Dona Flor e Seus Dois Maridos” e “Tocaia Grande”.
Um dos nossos maiores pesquisadores da cozinha brasileira, o Luís da Câmara Cascudo (1898-1986), já havia registrado em sua obra-síntese que a cocada é doce de tabuleiro, barato e vendido nas ruas –e está na boca do povo. O coco, esse ingrediente estruturante da cozinha baiana, asiático em nascimento, ergue não só a cocada branca clássica, como versões como a que leva frutas e ou gemas de ovo.