Depois de 30 anos na Itália, a brasileira Stella Quattrone, filha de um calabrês, colocou sua casa num container com destino ao porto de Santos e voltou ao Brasil com duas filhas, o marido e um cachorro –todos italianos.
Com saudade dos sabores pátrios, seu marido Giuseppe Bertucci, que trabalhava como construtor em Turim, montou um protótipo de um forno de pizza em casa, e passou a testar variados tipos de massas e coberturas. Converteu, assim, a própria casa em um restaurante, com condutas e produtos italianos.
Na pandemia, agregaram ao cardápio pães, que vendiam para os clientes italianos da vizinhança e, com o tempo, alugaram um ponto no bairro onde já mantinham um chaveiro dos anos 1960, a Lapa, para erguer a pizzaria It.
Ali, come-se com as mãos: não há garfo nem faca. São pizzas de fermentação natural, individuais, com uma borda estufada à semelhança da napolitana, bem crocante.
Uma opção fresca é a de rúcula com mozzarella de búfala. A rúcula é fornecida por um senhor do bairro, o seu Joaquim, um pernambucano que circula pelos arredores com uma carrocinha e vende a verdura de porta em porta. Quando a pizza sai do forno com o queijo, é enriquecida com a rúcula crua temperada com azeite extravirgem, limão-sicilano, sal rosa e pimenta-do-reino. Lascas de parmesão são usadas na finalização.